29.10.06

Brasil da Impostura

As famílias mais pobres, teoricamente os eleitores do presidente Lula, estão pagando 73% a mais de impostos do que há dez anos. Um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP), revela que o governo já abocanha 49% da renda das famílias que ganham até dois salários mínimos por mês (R$ 700). Em 1996, essa mordida era de apenas 28,2% - uma diferença de 21 pontos porcentuais. Famílias com renda superior a 30 salários mínimos (R$ 10 mil e 500 reais) também sofreram aumento da carga no período, mas bem menos doloroso: de 18% para 26%.

Dos pobres para os ladrões

A transferência de renda dos pobres para o governo atinge 61 milhões e 400 mil brasileiros, o que representa 70% dos 87 milhões e 700 mil ocupados em todo o País no ano passado, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).A maior parte da sangria tributária imposta à população de baixa renda é provocada pelos chamados impostos invisíveis, embutidos nos preços das mercadorias - como IPI, ISS, Cofins, PIS e ICMS.

Tais impostos são chamados de invisíveis porque a maioria das pessoas não tem idéia do peso que têm em seu orçamento nem sobre o destino do dinheiro. No período pesquisado pela Fipe, a carga invisível aumentou de 26,5% para 45,8% da renda das famílias que ganham até dois mínimos. Já o impacto da tributação direta - como IR, INSS, IPTU e IPVA - passou de 1,7% para 3,1%.

Fonte:Jorge Serrão, Especialista em Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

2 comentários:

Moita disse...

Toque

Tem toda razão a Frase chave é tirar o governo das costas do Povo.

Um cheiro

Anônimo disse...

Lula foi rejeitado por exatos 67.617.893 cidadãos


O nome de Lula foi rejeitado por exatos 67.617.893 cidadãos, que corresponde a 53,70% dos eleitores. A frieza dos números eleitorais quebra o forjado clima de consagração psicológica de poder dada ao presidente pelos seus marketeiros.

A rejeição corresponde à soma da abstenção (23.914.714), mais os votos “em branco” (1.351.448), mais os votos nulos (4.808.553), junto com os votos dados ao candidato adversário Geraldo Alckmin (37.543.178). Pelas contas, Lula ficou abaixo da maioria, com seus 58.295.042 votos (ou 60,83%). Obteve apenas 46,3% do total de votos das 125.913.479 pessoas aptas a votar.

A tradução objetiva do resultado eleitoral é que 53,7% dos brasileiros não referendaram o seu nome.